domingo, 15 de novembro de 2015

A gente precisa falar sobre feminismo, sim. (+ resenha literária)

Olá.

É domingo e como tradição dominical (conheço muita gente com a mesma prática! rs) estava terminando uma leitura e logo em seguida fui para a internet. Assim que abri o meu Facebook, além dos posts usuais e dos posts sobre Paris e Rio Doce, encontrei na timeline o link de Survivor da maravilhosa Clarice Falcão.
Antes de tudo, uma pausa de exatos 3:21 para que você assista. Podemos?


Bem, se tem uma coisa que posso dizer amar sobre 2015 é a proximidade que este ano trouxe com assuntos polêmicos. Em 2015 a gente discutiu muita coisa! Entre essas muitas coisas, o Feminismo.
Li incansáveis posts e textos sobre o assunto, primeira pessoa e terceira pessoa, blogs, sites, depoimentos pessoais... Enfim, foi lindo (não vou falar da baboseira que também li somente porque prefiro focar no que é bom e no que agrega ok?!).
Vi muita gente se aliar a causa, vi muita gente conhecer o que é o Feminismo, vi muita gente vencer uma discussão ou ajudar uma outra nas piores condições possíveis por causa do Feminismo e da sua presença na internet, o meio atual mais eficaz de comunicação. 
E isso é maravilhoso demais, deixa o coração quentinho sabe?!
No mesmo momento em que terminei de assistir ao vídeo me lembrei de duas coisas:
  1. Da vontade que eu tinha, quando mais nova, de usar batom vermelho e que NÃO PODIA.
  2. Do livro Girls Are Best que comprei na Shakespeare & Co de Paris.
Quanto ao número 1 (resumindo rapidamente) a história é a seguinte: a gente não podia -NUNCA- usar batom vermelho e nem podia querer usar. Ponto final.
Batom vermelho era sinônimo de promiscuidade e não importava sua idade, sua classe social, sua orientação sexual ou a forma como você vivia em sociedade: se você usava batom vermelho, você era promíscua. Simples como isso.
Bem, hoje em dia as coisas mudaram não é mesmo? Ainda que muita gente ainda acredite poder definir o caráter alheio baseado em qualquer coisa que vem a sua mente, eu faço uma pequena coleção de batons vermelhos na minha singela bancada de maquiagem. Um grande viva para isso! 

Tópico número 2: Girls Are Best by Sandi Toksvig.
Não sei muito bem como resenhar um livro, se tem algo que eu necessariamente devo dizer sobre ele mas vou tentar comentar o melhor sobre ele, ok?!






Comprei o Girls Are Best quando estava visitando a Shakespeare & Co de Paris e estava decidida de que precisava comprar alguma coisa daquele paraíso. Posso jurar que esse foi o primeiro livro que peguei da seção de livros usados e fiquei muito feliz quando vi que se tratava desse assunto (fiquei muito feliz também porque custou apenas 4€).
Girls Are Best é um livro sobre fatos que mostram e comprovam que garotas também são tão boas em pensar coisas, realizar coisas, construir coisas, conquistar coisas e etc tanto quantos os homens. 



Sandi mostra no livro também muitas conquistas das mulheres dos tempos antigos, como por exemplo: Gertrude "Trudy" Ederle que foi a primeira mulher que nadou o Canal Inglês (e sim, fez um tempo 2 horas mais rápido que o melhor campeão da época) Margaret Ann Bulkley (ou Dr. James Barry) que se disfarçou de homem, se alistou no exército britânico após concluir a faculdade de Medicina e exerceu sua profissão com louvor tornando-se uma brilhante cirurgiã por 45 anos sem que ninguém descobrisse seu segredo (que veja bem, só fora descoberto quando ela morreu! Imagina a cena?! rs). 

Quão legal é ler sobre mulheres Vikings? 



Eu achei que "Mummy" caiu como uma luva, não?! rs
O livro possui uma leitura muito divertida, cheio de gravuras, de piadinhas e de muitas charadas que nos deixam muito intrigadas para saber suas respostas.
Aprendi muitas coisas que antes achava terem sido criadas por homens e percebi também muitos fatos que comprovam que as mulheres são igualmente boas em muitas coisas que os homens mas que em outras, nós somos muito melhores (alô multi-tarefa!).
É bom dizer que o livro em momento algum incita algum tipo de discórdia ou violência para com os homens, é um livro com um ideal tão igualitário quanto o Feminismo.




Não sei se há disponibilidade do livro aqui no Brasil mas se encontrarem por aí, eu recomendo muito.
Peço desculpas pela qualidades das fotos, uma nova câmera deve ser providenciada em algum momento em breve.
Bem, acredito que isso seja tudo, pessoal.

Um beijo,

Jamily.